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Writer's pictureClothilde M. ZANEI

(EJA) III Termo A - Filosofia - Atividade 6 - Prof. Rodrigo - 2º Bimestre 2021

• habilidade: reconhecer a dimensão política do preconceito diante da filosofia e se posicionar em relação a ela.


Sócrates é considerado um dos fundadores da filosofia ocidental. Por suas abordagens e indagações (ironia e maiêutica) é reconhecido até hoje. Sócrates, que nada escreveu, pode ser conhecido por meio dos registros dos seus discípulos e de seus inimigos.


Na peça de Aristófanes “As Nuvens”, Sócrates é satirizado como um tipo que enganava as pessoas. Nesta comédia, Sócrates é considerado um demagogo que tenciona desqualificar os valores tradicionais da sociedade ateniense. Por outro lado, Platão e Xenofonte registraram outros aspectos da personalidade de Sócrates, diferentes daqueles encenado na peça. Sócrates ganhou fama por inquirir personalidades do seu tempo, reconhecidos como sábios nas suas áreas de atuação. Ele interrogava as pessoas à exaustão e, por meio de perguntas simples, mas perspicazes, procurava demostrar aos seus interlocutores as inconsistências lógicas das suas certezas. Por este processo de perguntas e respostas Sócrates procurava extrair a verdade latente do interrogado. Sócrates foi acusado de corromper a juventude e se defendeu perante júri. Não obtendo sucesso na sua defesa foi condenado à morte. Os argumentos da sua defesa estão no texto Apologia de Sócrates


A partir desta introdução, um breve resumo que visa atualizar os estudantes sobre a morte de Sócrates, como exemplo inicial da dimensão política da Filosofia. A referência e comentários sobre este texto e sua importância podem ser vistos em diferentes livros didáticos e links sobre o tema.


A Morte de Sócrates

De acordo com Platão as acusações de Sócrates foram: Sócrates é réu por empenhar-se com excesso de zelo de maneira supérflua e indiscreta, na investigação de coisas sob a terra e nos céus, fortalecendo o argumento mais fraco e ensinando essas mesmas coisas a outros”8 . “Sócrates é réu porque corrompe a juventude e descrê dos deuses do Estado, crendo em outras divindades novas”9 . Levado a julgamento, foi condenado à morte. Como e por que isso ocorreu? Tudo começou quando Sócrates tomou conhecimento de que o oráculo do templo de Delfos, dedicado ao deus Apolo, havia proclamado que ele era o homem mais sábio de Atenas. Não se considerando como tal, mas, ao mesmo tempo, não podendo duvidar da palavra do deus, decidiu investigar o significado de tal revelação. Procurou, então, aqueles cidadãos mais ilustres de Atenas e que eram tidos como os mais sábios da cidade. Eles pertenciam a três categorias sociais: os políticos, os poetas (autores de tragédias, como Aristófanes – embora mais conhecido por suas comédias –, e de ditirambos – cantos religiosos em homenagem ao deus Dionísio) e os artesãos.


Interrogando esses cidadãos (por meio da maiêutica) constatou que, na realidade, nada sabiam dos assuntos em que eram tidos como sábios. Ao término da conversa com cada uma dessas pessoas, Sócrates concluía: “Sou mais sábio do que esse homem; nenhum de nós dois realmente conhece algo de admirável e bom, entretanto ele julga que conhece algo quando não conhece, enquanto eu, como nada conheço, não julgo tampouco que conheço. Portanto, é provável, de algum modo, que nessa modesta medida seja eu mais sábio do que esse indivíduo – no fato de não julgar que conheço o que não conheço.10” Daí a famosa expressão atribuída a Sócrates: “Tudo o que sei, é que nada sei”. Acontece que Sócrates praticava esses diálogos em praça pública, à vista de todos. Entre os presentes havia sempre muitos jovens, filhos de famílias ricas, que dispunham de tempo livre e, por isso, podiam acompanhá-lo nessas ocasiões. Eles se divertiam vendo Sócrates “desbancar” os que se julgavam sábios e, mais tarde, punham-se a imitá-lo, interrogando outras pessoas e descobrindo muitas que supunham saber o que de fato não sabiam. (...)

Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola


A partir da sugestão da leitura da Apologia de Sócrates, propomos que os estudantes sejam orientados a reescrever alguns trechos em formato diverso do apresentado. No Caderno do Estudante sugerimos uma “história em quadrinhos” (HQ) em que fique explicitada a relação entre estereótipo e preconceito. Outra possibilidade é a reescrita em forma de poema, conto ou cena teatral a ser encenada para os demais estudantes da turma de um trecho da Apologia de Sócrates. Neste exercício, os estudantes podem alterar nomes, incluir outras falas, descrever fisicamente os personagens, descrever o ambiente, as emoções, entre outras.


DEVOLUTIVA DAS ATIVIDADES: rodrigodepaula@ymail.com

Prazo: 28/05/2021.


Bons Estudos!


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