A Primeira Guerra mundial (1914-1918).
Graças à sua indústria, a Inglaterra dominava a maioria dos mercados consumidores mundiais. Mas a indústria da Alemanha, logo após a unificação, desenvolveu-se, e o país passou a procurar mercados consumidores e fontes de matérias-primas. O governo alemão projetou a construção de uma estrada de ferro ligando a cidade de Berlim a Bagdá, com a finalidade de ter acesso ao petróleo do golfo Pérsico e aos mercados orientais. A Inglaterra opôs-se a esse projeto, porque criaria dificuldades para o comércio com suas colônias. Para deter o avanço da Alemanha, os ingleses procuraram alianças. Em 1904, a França aliou-se à Inglaterra porque, quando perdeu os territórios da Alsácia-Lorena, sua indústria ficou prejudicada com a falta de minas de ferro e carvão. Os nacionalistas franceses pregavam o revanchismo e a recuperação dos territórios perdidos. Finalmente, a França e a Alemanha disputaram o domínio do Marrocos, país ao norte da África. Ao mesmo tempo eclodiu a chamada crise dos Bálcãs. Em 1908, dois Estados eslavos, a Bósnia e Herzegovina, foram anexados ao Império Austro-húngaros, contrariando o ideal nacionalista, o pan-eslavismo, a união e a autodeterminação dos povos eslavos. Os governos dos países capitalistas clamavam pela paz, mas estimulavam a fabricação de armamentos e recrutavam civis para exército. O militarismo cresceu, e era cada vez mais difícil manter o equilíbrio entre as nações imperialistas. Os focos de tensão e a disputa pela supremacia levaram os países europeus à corrida armamentista. Para defender seus interesses, as nações europeias buscaram alianças. Surgiram dois blocos: a Inglaterra, a França e a Rússia formaram Tríplice Entente, e a Alemanha, o Império Austro-húngaro e a Itália a Tríplice Aliança. No dia 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-húngaro, em visita a Sarajevo, capital da Bósnia, foi assassinado. a responsabilidade do assassinato coube a um estudante que fazia parte de uma sociedade secreta da Sérvia, a Mão Negra. Esse foi o estopim para a deflagração da Primeira Guerra Mundial.
O início da guerra, um mês depois do assassinato do herdeiro do Império Austro-húngaro em Sarajevo, em 28 de julho, a Áustria declarou guerra à Sérvia. Esta contou com apoio da Rússia, que mobilizou seus exércitos contra a Áustria e a Alemanha. A crise dos Bálcãs acabou envolvendo também outras nações europeias, numa autentica reação em cadeia: a Alemanha declarou guerra à Rússia e à França; a Inglaterra declarou guerra à Alemanha, no momento em que o exército alemão invadiu a Bélgica, para, em seguida, atacar a França; a Itália entrou na guerra ao lado da Entente (ela fazia parte da tríplice aliança), porque a Inglaterra prometeu-lhe os territórios irredentos, que não conseguira conquistar da Áustria no processo de unificação; o Japão aderiu aos aliados, porque estava interessado nas possessões alemãs no oriente. Na primeira fase da guerra, a Inglaterra decretou o bloqueio naval à Alemanha e aos seus aliados. Enquanto isso, a França conseguia deter o avanço alemão sobre Paris. Com o prosseguimento da guerra, a indústria armamentista cresceu, surgindo armas como as metralhadoras, lança-chamas e os projeteis explosivos. Além disso, novos recursos foram utilizados, como o avião e os submarinos.
Com base no texto responda as perguntas.
1. Quais os blocos em que se dividiram os países europeus?
2. Qual foi o fato que desencadeou a Primeira Guerra Mundial?
3. Por que a Alemanha ameaçava o poder da Inglaterra?
4. O que fez a Inglaterra para deter o avanço da Alemanha?
5. Qual era o interesse do Japão em participar da Primeira Guerra Mundial?
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Nome do aluno, número, série e qual aula se trata.
Exemplo: Joaquim, nº 100, 9º A, B, C, D.
Todas as repostas a caneta.
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