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Writer's pictureClothilde M. ZANEI

7A - CIENCIAS - ATIVIDADE 7 - PROF. JOSE ANTONIO - 2º BIMESTRE 2021

POSTADO EM 31/05/21 POR JAM

DEVOLUTIVA - 11/06/21 - WHATTSAP (11) 99470-4477


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SISTEMA NERVOSO


O sistema nervoso dirige e coordena nossos movimentos. Recebe estímulos do ambiente que nos rodeia e de todos os nossos órgãos internos. Interpreta esses estímulos e elabora respostas, que são transmitidas a músculos ou glândulas.

A Evolução do Sistema Nervoso

Nos animais multicelulares mais inferiores, como poríferos ou espongiários, não existe nenhum rudimento de nervoso. Começamos a ver neurônios, células que conduzem estímulos nervosos, em celenterados. Nos pólipos dos cnidários essas células aparecem espalhadas pelo corpo, formando uma rede sem muita organização. Não há nesses animais um centro nervoso que comande essa rede. Cada estímulo externo que atua sobre um ponto do corpo é acompanhado de uma resposta meramente local, determinando um impulso nervoso que se propaga com intensidade decrescente à proporção que se afasta do ponto inicial do estímulo. Os cnidários possuem sistema nervoso difuso.

Nos vermes platelmintos (como as planárias, por exemplo), os neurônios se associam formando filetes nervosos ligados a algumas estruturas - os gânglios nervosos, situados na cabeça. Esses gânglios já representam centros nervosos precários na coordenação das atividades do corpo. Em cada gânglio há uma concentração maior de neurônios.

O sistema nervoso cérebro-espinhal

Nos vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos), o sistema nervoso é bem desenvolvido e se classifica como sistema nervoso cérebro-espinhal. É constituído por uma “sede” - O SNC (sistema nervoso central) - e uma rede de nervos que dela partem e se distribuem por todo o organismo - o sistema nervoso periférico.

O sistema nervoso central

O sistema nervoso central é formado pelo encéfalo e pela medula raquiana. O encéfalo, por sua vez, compreende as seguintes porções: cérebro, cerebelo, protuberância (ponte ou menencéfalo) e bulbo.

A massa cinzenta localiza-se na superfície do encéfalo, e é onde se acumulam os corpos dos neurônios. É neles que são armazenadas as informações, que são percebidos os sentidos, que são “processados” os dados obtidos a partir de estímulos exteriores. Também dos neurônios partem as ordens para as contrações musculares ou para as secreções glandulares etc. Essa área superficial é o córtex cerebral. Ele tem a maior importância no grau de desenvolvimento de uma espécie.

O córtex cerebral é todo dividido em zonas, como um mapa. Cada área (umas pequenas, outras grandes) representa um centro nervoso. Em todo o encéfalo, são numerosos os centros nervosos, como os centros da visão, da audição, do olfato, do paladar, da dor, da fome, da tosse, da cócega, da raiva, da coordenação motora (esse é muito amplo e se subdivide em áreas correspondentes aos diversos pontos do corpo), da associação visual para a leitura, além dos centros de regulação respiratória, cardíaca, o centro termorregulador etc. O córtex é, como se vê, a “sede” do controle dos atos conscientes e inconscientes e também da inteligência.

Na região mais profunda do encéfalo se situa a massa branca. Nela, praticamente não se encontram corpos de neurônios, mas apenas as suas ramificações (dentritos e axônios).

O cerebelo, a ponte e o bulbo também são muito importantes porque encerram centros nervosos que regulam várias funções de relevante papel. Os controles da respiração e da temperatura ficam no bulbo. O controle do equilíbrio corporal fica no cerebelo. Afora o encéfalo, o restante do SNC é constituído pela medula raquiana (ou raquidiana). Ela é um comprido cordão de estrutura nervosa que corre ao longo do dorso, no interior do canal vertebral. Fica, portanto, protegida em toda a sua extensão pela coluna vertebral. Nela, a massa cinzenta (ao contrário do cérebro) fica no centro e a massa branca, na periferia.

O encéfalo e a medula ficam totalmente protegidos por estruturas ósseas (o crânio e a coluna vertebral) e por três membranas ou meninges, que são, de fora para dentro:

1a) dura-máter - a mais externa, grossa e fibrosa;

2a) aracnóide - tem uma vascuralização que lembra uma teia de aranha;

3a) pia-máter - a mais interna, delgada e aderente ao SNC.

Abaixo da aracnóide, localiza-se o líquor ou líquido cefalorraquiano, que tem função protetora, envolvendo todo o SNC.

A medula raquiana não ocupa totalmente o canal vertebral. Ela termina mais ou menos ao nível da 1a ou da 2a vértebra lombar. A raquianestia, que preocupa tanta gente, não oferece perigo de traumatizar a medula porque é feita com uma agulha que penetra no canal medular abaixo da 2a vértebra lombar. Abaixo desse nível, só se encontra um cordão fibroso muito fino - o filum terminale - que prende a extremidade inferior da medula ao cóccix. Assim, a medula deve mostrar-se sempre esticada.

No seu percurso, a medula raquiana emite os nervos raquianos, sempre aos pares. E você pode notar que esses nervos estão intimamente relacionados com a massa cinzenta.

Muitos atos reflexos são controlados diretamente pela medula raquiana, sem a interferência do cérebro. Mas, na maioria dos casos, os estímulos nervosos que chegam a esse órgão são, em seguida, transmitidos ao encéfalo, alcançando primeiramente o diencéfalo (região que abrange o hipotálamo) e dali se irradiando para as mais variadas áreas do cérebro.

O Sistema Nervoso Periférico

O sistema nervoso periférico é composto pela interna rede de nervos que partem do SNC e se distribuem por todo o corpo (nervos motores) e de nervos que vêm de todas as áreas do organismo e convergem no SNC (nervos sensitivos). Naturalmente, existem nervos mistos, cujas características incluem as de todos os tipos mencionados anteriormente, isto é, conduzem todas as ordens do SNC para os diversos pontos do corpo e, ao mesmo tempo, transmitem as percepções sensoriais desses mesmos pontos para o SNC.

Podemos, então, dizer que o SNP (sistema nervoso periférico) compreende todos os nervos do nosso corpo. Muitos desses nervos têm a sua atuação na dependência da vontade do indivíduo, revelando ação voluntária. Esses nervos motores de ação voluntária, juntamente com os nervos sensitivos (que permitem ver, ouvir, sentir dor, cheiro, gosto, calor ou frio etc.), oferecem ao indivíduo a possibilidade de se relacionar com o meio ambiente. Por isso, elesformam o que podemos chamar de sistema nervoso da vida de relação. Este sistema contrasta com um outro grande número de nervos que atuam sem a consciência ou a vontade do indivíduo, regulando a atividade de inúmeros órgãos, como o coração, o estômago, os intestinos, os movimentos do diafragma, as secreções das glândulas salivares, o diâmetro das pupilas etc. Esses nervos de ação involuntária, que trabalham sem a pessoa sequer suspeitar, formam em conjunto o sistema nervoso autônomo ou sistema nervoso de vida vegetativa.

Denominam-se nervos cranianos aqueles que nascem diretamente do encéfalo. Nos mamíferos, eles são em número de 12 pares (em outros vertebrados, encontram-se apenas 10 pares). Alguns são sensitivos; outros, motores; outros, ainda, são mistos. Todos são catalogados por números. Muitas vezes, faz-se referência a um determinado par pelo seu número, e não pelo seu nome. Assim, torna-se obrigatório o conhecimento dos 12 pares de nervos cranianos pelos seus números de ordem:

1) Olfativo (sensitivo): Transmite ao cérebro os impulsos que dão a percepção do olfato.

2) Óptico (sensitivo): Leva ao cérebro os impulsos que proporcionam as sensações visuais.

3) Motor ocular comum ou Oculomotor (motor): Movimenta os olhos para cima, para baixo e para dentro (direção do nariz).

4) Patético ou troclear (motor): Faz os olhos girarem circularmente.

5) Trigêmeo (misto): Percebe sensações da face e atua sobre os músculos da mímica.

6) Motor ocular externo ou Abdulente (motor): Move os olhos para fora.

Facial (misto): Transmite as sensações cutâneas da face e atua também na mímica.

8) Acústico ou Vestíbulo-coclear (sensitivo): Um dos seus ramos leva ao cérebro impulsos que darão percepções sonoras. O outro leva ao cerebelo impulsos responsáveis pela noção de equilíbrio corporal.

9) Glossofaríngeo (misto): Transmite os impulsos que dão a percepção do gosto e movimenta a língua.

10) Pneumogástrico ou Vago (misto): Atua sobre os órgãos torácicos e abdominais e é o principal nervo do sistema parassimpático.

11) Spinal, Espinhal ou Acessório (motor): Age sobre os músculos dos ombros (bater de ombros do malcriado).

Hipoglosso (motor): Ajuda o glossofaríngeo na movimentação da língua.

Todos eles atuam sobre órgãos e músculos da cabeça ao ombro. Apenas o pneumogástrico ou vago se dirige para o interior do corpo e inerva as vísceras, como o coração, o estômago, o intestino e outros órgãos. Aliás, esse é o único par craniano que tem atuação involuntária, pertencendo, portanto, ao sistema nervoso autônomo.

Os nervos raquianos nascem todos da medula raquiana, mas dirigem-se para pontos diversos do corpo, como braços, troncos e pernas. Compreendem 31 pares e são todos mistos, isto é, transmitem sensações da pele e dos órgãos para a medula, como transmitem as ordens motoras desta para os músculos.

Cada nervo raquiano contém fibras sensitivas, que trazem para a medula percepções sensoriais de uma região do corpo, e fibras motoras, que levam da medula estímulos motores para essas mesmas regiões. Os nervos raquianos emergem da medula por meio de duas raízes - raiz anterior e raiz posterior -, as quais se juntam logo adiante formando o nervo propriamente dito.

As raízes posteriores (com fibras sensitivas) são aferentes em relação à medula, pois conduzem o estímulo no sentido dela. As raízes anteriores (com fibras motoras) são eferentes em relação à medula, pois levam estímulos que se afastam dela.

Portanto, na sua maior extensão, cada nervo raquiano encerra fibras sensitivas e fibras motoras e procede como uma “estrada de mão dupla”. Pelas fibras sensitivas vêm os estímulos de percepção e pelas fibras motoras vão as ordens de comando.

Os neurônios de transição (ou associação) podem fazer a ligação entre um neurônio sensitivo e um neurônio motor:

do mesmo lado e ao mesmo nível da massa cinzenta da medula;

do lado oposto mas ao mesmo nível, na medula (associação cruzada horizontal);

do lado oposto e a outro nível, na medula (associação cruzada vertical);

do mesmo lado e a outro nível (associação vertical não cruzada).

Muitos reflexos se fazem por mecanismo apenas medular. O reflexo rotuliano ou patelar, que o médico investiga uma pequena pancada no tendão rotuliano (no joelho), denota através da resposta brusca da musculatura, fazendo o pé chutar involuntariamente o ar, que os nervos raquianos dessa região, bem como a medula, estão perfeitos e em bom funcionamento.

Mas alguns reflexos são mais complexos e envolvem estímulos que vão ao córtex cerebral e dele voltam trazendo ordens para a medula.

O Sistema Nervoso Autônomo

O sistema nervoso autônomo ou sistema neurovegetativo é formado por nervos que trabalham sem qualquer dependência da vontade ou da consciência do indivíduo. Esses nervos se dividem em dois grandes grupos: o sistema simpático e o sistema parassimpático. Os dois grupos são antagônicos. No órgão em que os nervos do simpático agem estimulando, os nervos do parassimpático que ali vão ter agem inibindo. Em outros órgãos, o parassimpático é excitante e o simpático é inibidor.

O coração é estimulado pelo pelo simpático e inibido pelo parassimpático. O contrário ocorre, entretanto, no intestino.

Os nervos do sistema simpático nascem todos a partir de ramificações anteriores de nervos raquianos. Já os nervos do sistema parassimpático formam-se, uns, também a partir de ramificações anteriores de nervos raquianos, enquanto outros nascem diretamente do encéfalo (são os diversos ramos do pneumogástrico ou vago).

Os nevos que compõem o SNA (sistema nervoso autônomo) terminam em glândulas ou em tecido muscular liso. Eles comandam, sem a consciência do indivíduo, a atividade secretora e os movimentos das vísceras em cuja estrutura existem músculos lisos.

SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO Pupilas dilata contrai Coração acelera (taquicardia) retarda (bradicardia) Vasos sanguíneos contrai (a pessoa fica pálida) dilata (a pessoa fica vermelha) Estômago paralisa excita Intestino paralisa excita Bexiga relaxa contrai Útero relaxa contrai Os nervos do sistema simpático anastomoses, reúnem suas raízes e formam os plexos simpáticos, como o plexo cardíaco (que atua sobre o coração), o plexo solar ou plexo celíaco (cujos ramos vão dar no fígado, no estômago e nos intestinos) e o plexo sacro (que age sobre os órgãos urogenitais). Todos esses órgãos também recebem ramos nervosos do sistema parassimpático.


Ecossistema

Ecossistema é o conjunto dos organismos vivos e seus ambientes físicos e químicos.

Os componentes dos ecossistemas são:

· Fatores bióticos: Todos os organismos vivos. Produtores primários, consumidores, decompositores e parasitas.

· Fatores abióticos: Ambiente físico e químico que fornece condições de vida. Nutrientes, água, chuva, umidade, solo, sol, ar, gases, temperatura,etc.

Ecossistemas Brasileiros

O Brasil apresenta grande extensão territorial, isso confere diferentes tipos de clima e de solo, resultando em diferentes condições ambientais e ecossistemas.

Os principais ecossistemas brasileiros são:

· Amazônia: O maior ecossistema brasileiro. Abrange, aproximadamente, 60% do território do Brasil.

· Caatinga: Compreende o Nordeste do Brasil. Apresenta vegetação adaptada às secas.

· Cerrado: O segundo maior bioma brasileiro em extensão. Abrange os estados do Amapá, Maranhão, Piauí, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Tocantins, Bahia.

· Mata Atlântica: Corresponde a 15% do território brasileiro. É o ecossistema mais ameaçado do Brasil.

· Mata dos Cocais: Abrange parte do Nordeste. Representa uma vegetação de transição entre a floresta amazônica e a caatinga.

· Pantanal: Localiza-se na região Centro-Oeste do Brasil. É considerado a maior planície inundável do mundo.

· Mata de Araucárias: Abrange a região Sul do Brasil. É característico pelo predomínio do pinheiro-do-paraná, conhecido como Araucária.

· Mangue: É característico de regiões alagadiças do ambiente de encontro entre águas doces e marinhas.

· Pampa: Presente no estado do Rio Grande do Sul. Tem como características a presença de gramíneas, plantas rasteiras, arbustos e árvores de pequeno porte.

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