DEVOLUTIVA: enviar para meu e-mail : profreclaudia@gmail.com , coloquem nome : nº serie .
Data de entrega: 28/05/2021
O Texto postado aula passada foi sobre a pandemia covid-19 , em continuação ao tema anterior, vamos falar a seguir sobre os medos que essa pandemia trouxe para a população .
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COMO LIDAR COM O MEDO E A ANSIEDADE NA NOVA FASE DA PANDEMIA?
Neste período em que autoridades governamentais anunciam a flexibilização do isolamento social, muitas pessoas estão enfrentando medo e ansiedade no retorno gradual às atividades presenciais.
1) Com a flexibilização do isolamento, muitas pessoas estão enfrentando medo de sair de casa e sofrendo com sentimentos como ansiedade. Quais são as causas desse cenário?
Em primeiro lugar, devemos pensar que, a princípio, tivemos uma entrada na pandemia absolutamente traumática. Apesar de que sabíamos que o vírus chegaria aqui, tudo aconteceu da noite para o dia. Apareceram os casos e passamos a ficar isolados em casa.
A primeira sensação de estarmos em casa foi de prisão: estou prisioneiro, não posso sair, ver pessoas, distante da família e amigos.
Essa sensação de prisão foi traumática e, aos poucos, pelo tempo e por toda a campanha feita informando que a casa era o único lugar seguro, a casa, de prisão, passou a ser uma trincheira nessa guerra, promovendo a sensação de proteção.
Essa permanência em casa traz um sofrimento: do isolamento, da limitação de gestos, impedimento do ir e vir, sofrimento de não saber exatamente se o emprego será mantido, da possibilidade de ser esquecido.
Esse sofrimento, entretanto, está absolutamente dominado. A proposta de sair para o mundo externo traz um sofrimento novo, de encarar o ambiente fora da minha proteção. E esse é um sofrimento ainda desconhecido.
Nossa tendência é sempre permanecer no lugar onde, embora haja sofrimento, ele esteja controlado, seja conhecido e que saibamos, de alguma forma, como lidar com ele.
2) Quais são as melhores maneiras para lidar com esse sentimento e tentar superá-lo?
A saída não deve ser tão traumática quanto foi a entrada. Embora não tenhamos autoridades na rua tomando atitudes de intimidação, o vírus se encarregou de nos intimidar.
Portanto, devemos tentar fazer a saída ser menos traumática. E, para que seja assimilável e não provoque uma situação de desespero, de desamparo, tem que ser muito lenta.
É necessário sair aos poucos, ver que é possível ir à rua equipado e com segurança, e notar que as empresas também estão se preocupando com isso.
Nesse sentido, as autoridades estão trabalhando bem, com flexibilizações parciais, uma certa parcimônia em relação aos setores. O problema que estamos vendo é que não estamos só na dependência da questão sanitária. Existe a urgência da economia. As pessoas não estão conseguindo sair aos poucos. Existe urgência no sentido de vender o que tinha parado, abrir a porta para receber clientes. E mesmo sem condições de consumo, a população também sente urgência de sair.
Já as empresas devem se manifestar e se posicionar claramente, porque elas é que têm poder de decisão. Precisam mostrar com transparência quais são seus planos de retorno, com garantia de que as pessoas de risco serão reservadas, que aqueles que virão terão espaço e equipamentos necessários para o trabalho seguro.
3) Caso identifique que uma pessoa próxima está sofrendo com esse medo, essa ansiedade, qual a melhor maneira de ajudá-la?
Vale dizer, nesse contexto, que o brasileiro tem algo muito peculiar. Faz piada fácil. E vale a pena voltar a brincar. Freud diz que rir dos próprios vexames, das próprias gafes, é sinal de inteligência. Ele é o autor de uma frase que eu adoro: tentar fazer da miséria neurótica uma infelicidade banal. Ou seja, pensar que aquilo que tortura você, que o consome, já passou ou vai passar. Foi uma infelicidade momentânea.
E você sobreviveu.
Devemos usar o lado mais descontraído ao nosso favor. Vamos comemorar o retorno, achar engraçado o cumprimento com o cotovelo, tentar tornar mais leve o ambiente.
Reforçando, é bom pensar que isso é uma miséria neurótica, mas vai ser uma infelicidade banal. Vamos ter história para contar a outras gerações.
E, ao ver uma pessoa para baixo, mande uma mensagem, diga que ela não está sozinha, que passou por tudo isso e está viva. Quem passa por tudo isso, é um sobrevivente. Está enfrentando uma pandemia, sem vacina e é um vencedor. E que não devemos desistir agora. Somos vencedores e, se der tudo certo, vamos sim tomar uma vacina e superar esse período.
Assiste o vídeo abaixo :
Atividade :
Faça um pequeno texto sobre o vídeo acima .
Existe alguém próximo a você com medo de sair de casa ?
Dúvida me chame no email , profreclaudia@gmail.com.
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