ATIVIDADES DE ESTUDO À DISTÂNCIA – LÍNGUA PORTUGUESA
DEVOLUTIVA : prof.dulce.zanei@gmail.com
ATIVIDADE 3 ( ENVIAR ATÉ 18/05/2020 )
IMPORTANTE: Ao enviar o e-mail com as atividades anexadas, não esquecer de preencher no campo " assunto/sujeito " o número da atividade ( Atividade 1, Atividade 2, assim por diante), nome do aluno, ano e turma .
(Caderno do Aluno - Aprender Sempre)
Leia o texto abaixo e responda às questões que seguem:
CRÔNICA
LER E NÃO ENTENDER (E NÃO DESCONFIAR ETC.)
Toda vaca voa. Mimosa voa, portanto Mimosa é vaca, certo? Errado, caro leitor. Dizer que toda vaca voa não equivale a dizer que tudo o que voa é vaca. Se toda vaca voa e Mimosa é vaca, Mimosa voa. Mas, quando se diz que toda vaca voa e que Mimosa voa, não se pode deduzir que Mimosa seja uma vaca. Pode-se, quando muito, dizer que Mimosa talvez seja uma vaca. Talvez; nada mais do que talvez.
Recentemente, grandes figuras de nossos jornais e revistas escreveram sobre relatórios que apontam a grave situação do Brasil no que diz respeito à compreensão de textos. Não sabemos ler. Lemos e não entendemos. Lemos e entendemos o que queremos. Raciocinamos como ostras e montamos relações lógicas absurdas.
Na semana passada, por exemplo, um texto em que discute o emprego da vírgula, afirmei que, se fosse verdadeira a tese de que, “vírgula é para respirar”, os asmáticos colocariam vírgula depois de cada palavra escrita. Um leitor (cujo nome não revelarei, por dever cristão) perdeu preciosíssimo tempo para insultar-me, dizendo que eu não deveria atrever-me a falar do que não conheço. “Minha avó, que é asmática, lê muitíssimo bem”, disse o gênio. E quem disse que asmáticos não sabem ler?
Outro leitor me pediu ajuda. Diz ele que, ao ler o caderno da filha, percebeu que a professora tinha invertido a ordem de um famoso pensamento de Maquiavel. Em vez de “Os fins justificam os meios”, a mestra escreveu “Os meios justificam os fins”. O leitor diz que enviou um bilhete à professora, mostrando-lhe o equívoco. Na aula, comentando o bilhete, a professora teria dito que, no caso, a ordem não muda nada. (...)
Cara professora, se de fato a senhora disse o que disse, desdiga, em nome da lógica da língua e da nossa classe, por favor.
Um dia participei de um programa de televisão em que se discutia o trote em nossas universidades. Deixei clara - claríssima - minha posição sobre essa atrasadíssima prática da sociedade brasileira.
Citei o caso da faculdade de medicina da PUC de Sorocaba (atearam fogo em um calouro) e o da USP (um estudante morreu afogado na piscina da faculdade, durante uma festa de arromba para “saudar” os calouros). Disse - e repito - que, em nome de uma “tradição” (estúpida), futuros médicos - cuja razão de ser é a preservação da vida - não têm o direito de promover “festas” de tortura e morte. Pronto! O telefone da emissora ficou congestionado. Médicos e estudantes de medicina queriam saber o que tenho contra eles e suas escolas. [...]
(Pasquale Cipro Neto, Folha de São Paulo, 11 abril de 2002)
1. Cite um problema relatado pelo autor a respeito da língua portuguesa .Explique-o.
2. O autor do texto diz que “Não sabemos ler”. Você concorda com esta afirmação? Por quê?
3. No texto, são relatadas dificuldades de pessoas pertencentes a diferentes profissões. Considerando que há uma professora e médicos que também têm problemas com a língua portuguesa, a que conclusões podemos chegar ?
4. E você, caro aluno, quais os problemas que você tem quando o assunto é “língua portuguesa”?
5. Como você procura solucionar os problemas citados na questão anterior?
Mais isso tem na prova,Mais e pra fazer mesmo assim?