Devolutiva: professoramariamendes@gmail.com
- Escrevam com letra legível.
- Data de entrega: até 14/09/2020
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TEXTO NARRATIVO
Narrar significa contar fatos fictícios ou não, que se desenvolve no tempo e no espaço.
Para que os fatos constituam uma história, é preciso que estejam ligados entre si, estabelecendo uma sequência.
de maneira bem simples, podemos afirmar que há uma narrativa, sempre que alguém conta algo (um acontecimento) a outrem (um ouvinte ou um leitor).
Notícias de jornal, história em quadrinhos, novelas contos, crônicas, anedotas, são textos narrativos.
Os elementos da narrativa são: narrador, enredo, tempo, espaço e personagens. Geralmente, na redação de um texto narrativo, são respondidas as perguntas:
O quê? - Os fatos, as ações presentes no texto.
Quem? - Os personagens.
Como? - As circunstâncias em que se desenvolvem os fatos.
Quando? - O tempo ou momento em que ocorrem os fatos.
A outra noite
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
– O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda.
– Mas, que coisa. . .
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
– Ora, sim senhor. . .
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
BRAGA, Rubem. A outra noite. In: PARA gostar de ler:
Crônicas. São Paulo: Ática, 1979.
1- A pergunta do motorista de táxi ao narrador do fato demonstra que:
a) a escuridão da noite era tão grande que não se podia ver a lua.
b) o chofer gostaria de viajar sobre as nuvens à noite.
c) não conseguia acreditar na história contada.
d) somente podemos acreditar no que vemos.
2- A noite estava preta e enlamaçada, mas havia uma outra noite pura, perfeita e linda. Que lição podemos tirar dessa comparação?
a) Mesmo que não esteja claro aos nossos olhos, sempre há algo bom e belo ao nosso alcance.
b) Nem sempre podemos apreciar a lua.
c) Precisamos voar alto para ver belos espetáculos.
d) As nuvens encobrem sempre o brilho dos astros.
3) Assinale a alternativa que substitui corretamente as palavras sublinhadas. "As nuvens eram vistas de cima, enluaradas, colhões de sonho, alvas, uma paisagem irreal."
a) cobertas de luar; negras;
b) próximas da lua; brancas;
c) banhadas de luar; brancas;
d) da cor do luar; amareladas.
4) A outra noite a que o título se refere seria a vista somente pelo narrador ou aquela que o taxista e seu amigo enxergavam?
5) O que faz com que diferentes personagens vejam diferentes noites?
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