POSTADO EM 03/08/20 POR JAM
DEVOLUTIVA - 14/08/20 - WHATTSAP (11) 99470-4477
NESTA ATIVIDADE LEIA O TEXTO ABAIXO E REFLITA SOBRE O MESMO.
PARQUE NACIONAL CHAPADA DOS VEADEIROS
A importancia das unidades de Conservação
Com o intuito de preservar ambientes do patrimônio natural e cultural do Brasil, foi criada no ano 2000 a Lei Nacional N° 9.985. Conforme essa lei, a União, os estados e os municípios podem criar novas Unidades de Conservação. No Brasil, essas unidades são definidas como áreas que possuem características naturais relevantes e cujo ecossistema necessita de proteção e conservação. As unidades de conservação ambiental são espaços geralmente formados por áreas contínuas, institucionalizados com o objetivo de preservar e conservar a flora, a fauna, os recursos hídricos, as características geológicas, culturais, as belezas naturais, recuperar ecossistemas degradados, promover o desenvolvimento sustentável, entre outros fatores que contribuem para a preservação ambiental. A criação dessas unidades de conservação é de fundamental importância para a preservação dos ecossistemas, proporcionado pesquisas científicas, manejo e educação ambiental na busca pela conservação do meio ambiente. Atualmente o Brasil possui 728 unidades de conservação, sendo que existem diferentes tipos de unidades, cada uma recebendo classificação de acordo com suas características e objetivos a serem atingidos. Essas unidades podem ser destinadas à exploração sustentável de recursos naturais, preservação total do ecossistema, realização de pesquisas, visitação para promover a educação ambiental etc. Elas são classificadas como: Parques Nacionais, Reservas Biológicas, Reservas Ecológicas, Estações Ecológicas, Áreas de Proteção Ambiental, Áreas de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Refúgio de Vida Silvestre, Reserva da Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural.
ALGUMAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO BRASILEIRAS
Parque Nacional – Áreas que apresentam características naturais destinadas a pesquisas científicas e educação ambiental; Reserva Biológica – Unidade de conservação destinada a abrigo de espécies da fauna e da flora com importante significado científico; Reserva Ecológica – Área de conservação permanente, que objetiva a proteção e a manutenção de ecossistemas; Estação Ecológica – Espaços destinados à realização de pesquisas básicas aplicadas à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação ambiental; Áreas de Proteção Ambiental – Unidade de conservação destinada ao desenvolvimento sustentável, sendo que em algumas áreas é permitido o desenvolvimento de atividades econômicas, desde que haja a proteção da fauna, da flora e da qualidade de vida da população local; Área de Relevante Interesse Ecológico – Área que abriga espécies raras da fauna e flora e que possui grande biodiversidade; Floresta Nacional – Unidade de conservação estabelecida para garantir a proteção dos recursos naturais, sítios arqueológicos, desenvolvimento de pesquisas científicas, lazer, turismo e educação ambiental; Reserva Extrativista – Espaço utilizado por populações locais que realizam o extrativismo vegetal e/ou mineral. Essa unidade de conservação objetiva a realização da atividade econômica de forma sustentável; Refúgio de Vida Silvestre – Área destinada à proteção dos ambientes naturais para a reprodução de espécies da flora local e da fauna migratória; Reserva da Fauna - Área destinada ao estudo sobre o manejo econômico e sustentável das espécies nativas; Reserva de Desenvolvimento Sustentável - Visa à preservação da natureza de modo que a qualidade de vida das populações tradicionais seja assegurada; Reserva Particular do Patrimônio Natural - Área privada que tem por objetivo conservar a diversidade biológica.
ÁGUA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Nosso país sempre teve políticas econômicas e industriais baseadas na abundante fonte de recursos naturais, diversidade da fauna e flora, recursos hídricos e minerais na extensa dimensão territorial (capital natural), assim como grande disponibilidade de mão de obra (capital intelectual e social). Acreditávamos que, com a possível exceção de algumas zonas áridas no nordeste, teríamos água para tudo e para sempre. O crescimento populacional e a concentração da população em áreas urbanas, o desmatamento, industrialização, consumismo, poluição, somados às mudanças climáticas, desfizeram nossa ilusão. Como exemplo, no Brasil o consumo per capita é de 187 litros por dia, e apenas para a produção de 1 quilo de carne bovina são necessários 15 mil litros de água, aproximadamente 3.5 mil litros para 1 quilo de carne de frango. Uma calça jeans demanda 15 mil, uma camiseta 3,5 mil e um quilo de milho consome para sua produção 900 litros de água. Desde o ano passado temos recebido notícias alarmantes do sudeste. Os reservatórios de água, principalmente os que abastecem a região metropolitana de São Paulo, atingiram cotas abaixo dos níveis de segurança, e os mesmos supostos gestores que fingiram ignorar a realidade por mais de um ano ainda hesitam em reconhecer a seriedade da situação. Com as chuvas de verão houve algum alívio, mas não o suficiente para justificar declarações ufanistas e irresponsáveis, existe ainda o risco de racionamento de água ou, como preferem dizer alguns: rodízio. Racionamento, ainda que não seja do agrado de ninguém, é um recurso extremo quando água, alimentos, energia, se tornam escassos demais e a distribuição contida permite algum controle sobre a demanda, induzindo os consumidores a economizar, com sacrifício e também benefício de todos. Nós brasileiros temos o privilégio de contar com um grande potencial hídrico (12% da água potável do mundo), mas sua exploração demanda conhecimento, tecnologia, energia e preservação das matas ciliares em torno dos rios, já que estes estão assoreados e poluídos. Uma parte da região sul de nosso país está sobre uma das maiores reservas mundiais de água subterrânea, o chamado Sistema Aquífero Guarani, que se espalha em mais de um milhão de quilômetros quadrados, com potencial em volume d’água para suprir o mundo inteiro por muitos anos. Mas nem tudo é simples, grande parte dessa água encontra-se em profundidades que chegam a mais de mil metros, demandando técnicas de exploração assemelhadas às utilizadas para petróleo; em vários locais a água não é própria para consumo por apresentar excesso de sais minerais, necessitando de tratamento caro demais; e o aquífero não é homogêneo, tem descontinuidades. Como a disponibilidade hídrica mundial de água com fácil acesso - lagos e rios - representa apenas 0,3% do total do volume de água existente no planeta, vivemos a escassez de água doce para consumo, indústrias e irrigação, e já se travam guerras pelo seu controle; as próximas décadas serão marcadas pela necessidade cada vez maior de uso racional, reuso, busca de novas fontes. Um empreendimento é dito sustentável se gerar mais recursos do que os que forem aplicados nele, e se mantiver essa condição ao longo do tempo, sem impactar negativamente aspectos sociais, ambientais, econômicos e culturais. Para o desenvolvimento sustentável é indispensável a preservação ambiental de rios, diminuindo o prejuízo econômico da escassez de água, e repensar a cultura do desperdício. A preocupação, tanto no plano pessoal quanto empresarial, da pegada hídrica, ou seja, o volume total de água doce utilizado para produzir os bens e serviços consumidos, poderá reduzir lavagens de carro, calçadas e outras práticas domésticas. Empresas que não se preocupem apenas com o imediatismo de custo e benefício poderiam adotar boas praticas de reuso da água, dirigentes governamentais tornarem-se mais eficazes na proteção das bacias hidrográficas, e na adoção de medidas pragmáticas de contenção de consumo. Melhorar a forma de usar a água envolve algo muito mais sério que um lucro ou conforto imediato, é a garantia do desenvolvimento com perspectivas melhores para as próximas gerações.
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