Número de aulas: 8
Habilidade trabalhada: (EF07HI13) Caracterizar a ação dos europeus e suas lógicas mercantis visando ao domínio no mundo atlântico.
Olá! Espero que você e sua família estejam bem!
Começamos mais um bimestre e quero lembrar que é muito importante continuar estudando e fazendo as atividades. Também é indispensável assistir às aulas exibidas no CMSP. Todas as explicações e roteiros de atividades seguem as aulas transmitidas e o Caderno do Aluno.
Os textos explicativos foram elaborados com base no seguinte livro: BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História sociedade & cidadania: 7º ano: ensino fundamental: anos finais/ Alfredo Boulos Júnior. – 4ª ed. – São Paulo: FTD, 2018. p.153-158.
No seu caderno, coloque a data e o título: “Atividade 1: As lógicas mercantis e o domínio europeu sobre os mares e o contraponto oriental”.
Faça as atividades que solicito no caderno, tire foto do que realizou e envie para o e-mail karina_fortunato@yahoo.com.br até 19/08.
Por favor, verifique se a foto está nítida e se a letra está legível.
Observações:
- Mesmo que não consiga enviar as fotos, faça a atividade no caderno;
- Se não conseguir anexar as fotos no e-mail, pode copiar as respostas no próprio e-mail.
- Faça as atividades com atenção e na ordem em que aparecem no roteiro.
Bons estudos! Continue se cuidando!
AS LÓGICAS MERCANTIS E O DOMÍNIO EUROPEU SOBRE OS MARES E O CONTRAPONTO ORIENTAL
1. Leia a explicação abaixo, sobre o início da exploração da América Portuguesa.
I – Vamos relembrar:
· Navegando com o objetivo de chegar ao Oriente para comprar especiarias para comercializar na Europa, os espanhóis chegaram a um continente desconhecido até então por eles: A América.
· Os espanhóis já nos primeiros contatos com o território e a população nativa, descobriram a existência de ouro e prata em abundância na América.
· Em 1500, os portugueses chegaram ao que seria o Brasil.
· O Tratado de Tordesilhas havia estabelecido quais territórios deste Novo Mundo seriam de Portugal e quais seriam da Espanha.
· Na parte da América que pertencia a Portugal não se encontrou ouro e prata.
· Lembrando que o comércio de especiarias era extremamente lucrativo e que os portugueses já dominavam a rota para o Oriente contornando a África, continuaram a realizar este comércio e exploraram pouco a América até 1530.
· A colonização da América Portuguesa (Brasil) começa, de fato, em 1530.
II – Pau-brasil e escambo
· A única coisa interessante comercialmente que os portugueses encontraram nos seus primeiros contatos com a América Portuguesa foi o pau-brasil.
· O pau-brasil é uma árvore típica da Mata Atlântica. Era usado para tingir tecidos e construir móveis e casas.
· Para comercializar o pau-brasil, os portugueses construíram aqui feitorias.
· As feitorias eram armazéns fortificados. Neles a madeira era guardada até as embarcações chegarem para retirar e levar à Europa.
· Os indígenas que cortavam os troncos e levaram até as feitorias, que ficavam no litoral.
· Em troca da madeira, os portugueses davam aos indígenas colares, facas, machados, espelhos etc.
· Essa relação de troca de um produto por outro produto é chamado de escambo.
III – Por que Portugal começou a colonizar o território em 1530?
· Os franceses tinham grande interesse na América Portuguesa.
· Com medo de perder o território para os franceses, o rei de Portugal decidiu colonizar o território.
· Em 1530 foi enviada ao Brasil uma expedição colonizadora, comandada por Martim Afonso de Sousa, que combateu os franceses.
· Em 1532 foi fundada a primeira vila do Brasil: São Vicente. Ali Martim Afonso de Sousa mandou erguer uma capela e o primeiro engenho (para produzir açúcar). Vale destacar aqui o quanto isso é simbólico, já que as construções revelam os interesses religiosos (de espalhar a fé cristã) e econômicos dos portugueses.
IV – Capitanias hereditárias
· Vamos lembrar que os portugueses não acharam metais preciosos (ouro e prata) na América Portuguesa.
· Na época, Portugal era um importante império. O império português era formado pelo reino de Portugal e pelas terras que Portugal possuía no Oriente, na África e na América.
· Para realizar a colonização do território sem investir os recursos do império português, o rei de Portugal dividiu a colônia (o Brasil) em 15 faixas terra. Cada uma dessas faixas de terra era uma capitania hereditária.
· As 15 capitanias foram entregues a 12 homens: os capitães donatários.
· As terras continuariam pertencendo a Portugal, mas seriam administradas pelos capitães donatários e com os recursos financeiros destes capitães donatários.
· Os deveres dos donatários eram: desenvolver plantio de cana-de-açúcar; expandir a fé cristã; organizar a defesa militar; estimular a ocupação portuguesa da terra.
· Os direitos dos donatários eram: deter a vintena (5% do negócio do pau-brasil); cobrar impostos em rios e portos; julgar os habitantes da capitania; conceder sesmarias (grandes terras, latifúndios, doadas a homens que tivessem recursos para produzir riquezas nelas) e ter uma grande sesmaria.
· Inicialmente, apenas duas capitanias foram bem-sucedidas: São Vicente e Pernambuco. Depois a Bahia também se desenvolveu.
· Alguns capitães donatários nem sequer vieram à América. Outros foram mortos em combates com indígenas.
· A maior parte das capitanias fracassou por falta de recursos dos donatários para investir na capitania, porque as terras eram muito grandes (dificultando a administração), por falta de comunicação entre as capitanias; pela resistência indígena e ataques de corsários.
· Você também pode assistir ao seguinte vídeo: “CAPITANIAS HEREDITÁRIAS - HISTÓRIA EM MINUTOS”, publicado no Youtube por ADRIANO DA SILVA - HISTÓRIA EM MINUTOS e disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OPjAL8n0OAw. Acesso em 06/08/2020.
· Em 1548, o rei de Portugal resolveu centralizar a administração da colônia, criando o Governo-Geral. Em 1549, o primeiro governador-geral, Tomé de Sousa, chegou ao Brasil.
V – Câmaras Municipais e “homens bons”
· A partir de 1532 começaram a ser criadas as câmaras municipais no Brasil.
· Elas deviam administrar as vilas e cidades.
· Os vereadores que atuavam nessas câmaras eram escolhidos entre os “homens bons”.
· Os “homens bons” eram pessoas com riqueza e prestígio social, como grandes proprietários de terras e grandes comerciantes. Além disso, precisavam ter “pureza de sangue” (ou seja, havia um preconceito e não eram aceitos descendentes de negros e de judeus).
· Os vereadores decidiam, por exemplo, sobre as obras públicas que seriam feitas, sobre alguns impostos que seriam pagos, sobre conservação, limpeza e arborização das ruas, a respeito de salários de trabalhadores e sobre o abastecimento de gêneros alimentícios.
· Se quiser saber mais sobre as câmaras municipais e os “homens bons”, acesse as seguintes páginas, indicadas no Caderno do Aluno do 3º bimestre (p. 32):
2. Leia atentamente os seguintes textos, extraídos do Caderno do Aluno do 3º bimestre (p. 33 e 34):
3. Após estudar os textos das atividades acima (1 e 2), copie e responda as questões seguintes:
a) Quando começou a colonização da América Portuguesa?
b) Qual mão-de-obra foi utilizada para extrair pau-brasil? Essa mão-de-obra era paga? Se sim, de que forma?
c) Por que Portugal decidiu começar a colonizar, de fato, suas terras na América?
d) O que foram as capitanias hereditárias? Por que o rei de Portugal decidiu dividir o território em capitanias?
e) No período colonial, qual era a função dos “homens-bons”? Quem poderia ser “homem bom”?
f) Qual era a função das Câmaras Municipais?
g) Qual é a diferença entre “entradas” e “bandeiras”? Explique.
h) Qual a importância dessas expedições para a colonização do Brasil?
i) As capitanias hereditárias foram bem-sucedidas? Justifique sua resposta.
4. Atividade COMPLEMENTAR (não obrigatória):
Se puder, escute a música “Índios”, da banda Legião Urbana e tente identificar os trechos que tratam do escambo. Esta música faz parte do álbum “Dois”, lançado em 1986. Você pode escutá-la acessando o seguinte vídeo: “Legião Urbana – Índios”, publicado por Bille Cipriani e disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XoiW5NmrMbE. Acesso em 06/08/2020.
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