Devolutiva: professoramariamendes@gmail.com
Olá, meus queridos!!!!
Espero que vocês estejam bem.
Para esta atividade é necessário que seja feita uma leitura atenta. Caso prefiram, podem usar o dicionário. Isso facilita, e muito, o entendimento.
As dúvidas enviem por e-mail ou whatsapp 96632-6140 - das 19h. às 22:30h.
Escrevam com letra legível.
Data de entrega: até 15/06/2020
Não se esqueçam de colocar nome, número, série e o número da atividade.
Empréstimo lexical
Ao longo do tempo, o português foi incorporando palavras de outras línguas. Algumas sofreram um processo de aportuguesamento, adaptando-se fonológica e graficamente. No título da notícia reproduzido a seguir, por exemplo, aparece o vocábulo blecaute, originado do inglês blackout. Com o mesmo sentido de apagão, o termo foi modificado para se adequar à língua portuguesa.
Blecaute atinge 10 municípios de RR;
apagão não atrapalha pleito, diz TRE
Disponível em: <http://.g1.globo.com/rr/roraima/eleicoes/2014/noticia/2014/10
Curiosamente, blecaute ou ( blackout ) está na língua portuguesa há mais tempo que apagão, que foi formada no final do século XX. Muitas palavras estrangeiras foram incorporadas ao português porque nele faltavam termos para expressar certos significados, como ocorreu com xampu do inglês shampoo, ou abajur, do francês abat-jour.
Quando esses empréstimos lexicais ou linguísticos são incorporados à língua cotidiana sem alterações, são chamados de estrangeirismos: delivery, best-seller shopping, coffee-break, sale e bike, entre outros.
Estrangeirismos são palavras, construções e expressões de outras línguas que nos chegam por empréstimo incorporadas ao idioma por meio do contato estabelecido entre diferentes povos e culturas. Em alguns casos, são utilizados tal qual se apresentam em seus países de origem sem alteração de pronúncia ou ortografia (shopping center) entre outros, são utilizados com adaptação fonológica e ortográfica, como em futebol e garçom.
Leia a tira a seguir, de Adão Iturrusgarai, para responder às questões.
1) A personagem está tentando abrir a porta e não consegue. Observe a placa afixada na porta.
a) A que língua pertence a palavra "push"? O que ela significa?
b) Conclua: Por que a personagem não consegue abrir a porta?
c) Por que a personagem faz confusão com a palavra "push"?
2) A personagem sabe que a palavra "push" não pertence à língua portuguesa? Por quê?
3) Em nosso país, é comum irmos a shoppings e encontrarmos lojas com cartazes e faixas com inscrições como "sale" ou "off" para indicar liquidação. Também ouvimos pessoas ligadas à informática dizerem deletar em vez de apagar, ou fazer um "download" em vez de copiar. O que você acha disso? Você acha correto empregarmos termos de outras línguas quando não há necessidade?
4) O efeito de humor da tirinha é causado pelo fato de:
a) O personagem não conseguir abrir a porta porque não leu a placa afixada;
b) O personagem não conseguir encontrar a palavra push no dicionário;
c) O personagem acreditar na falsa semelhança entre as palavras push e puxe;
d) O personagem não saber inglês, por isso não consegue abrir a porta
Outros processos de enriquecimento da língua:
Neologismos
Neologismos são inovações linguísticas; podem ser de conhecimento coletivo ou de uso particular de um autor. Alguns se fixam na língua, outros, não. Podem surgir de:
criações a partir de um sistema linguístico: lava-lava, verdacento, sem-teto, sem-terra;
palavras antigas com novos sentidos: mala (pessoa inconveniente);
criações literárias: abensonhada (palavra criada pelo escritor Mia Couto);
criações populares: pivete.
Na leitura anterior, você viu os estrangeirismos como forma de atualização da língua. Agora observe outros recursos da língua que permitem também enriquecê-la.
5) Leia este trecho de um conto de Guimarães Rosa, "O burrinho pedrês".
[...]
Alta, sobre a cordilheira de cacundas sinuosas, oscilava a mastreação de chifres. E cumprimiam-se os flancos dos mestiços de todas as meias-raças plebeias dos campos- gerais, do Urucuia, dos tombadores do Rio Verde, das reservas baianas, das pradarias de Goiás, das estepes do Jequitinhonha, dos passos soltos do sertão sem fim. Sós e seus de pelagem, com as cores mais achadas e impossíveis: pretos, fuscos, retintos, gateados, baios, vermelhos, rosilhos, barrosos, alaranjados,[...]- curvas e zebruras pardo-sujas em fundo verdacento, como cortes de ágata acebolada, grandes nós de madeira lavrada, ou faces talhadas em granito impuro.
Como correntes de oceano, movem-se cordões constantes, rodando redemoinhos: sempre um vai-vem, os focinhos babosos apontando, e as caudas, que não cessam de espanejar com as vassourinhas. Somam-se. Buscam-se. O crioulo barbeludo, anguloso, rumina, estático, sobre os maus aprumos, e gosta de espiar o céu, além, com os olhos de teor morno, salientes.[...]
ROSA, João Guimarães. Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. p. 29. (Coleção 50 anos).
a) De que trata o trecho?
b) O narrador compara a visão do conjunto a várias imagens. Quais são elas?
c) Observe as palavras destacadas (sublinhadas). Elas podem ser encontradas no dicionário da língua portuguesa? É possível entender seu sentido pelo contexto? Explique.
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